8 de out. de 2013

NOVEMBRO NEGRO DO MLB!

Participem das atividades do mês da Consciência Negra do MLB!

Dia 07.11 - Debate sobre a Violência Policial e Música ao Vivo com Julimar e Raimundo Fernandes
Dia 08.11 - Apresentação de Capoeira e um pouco de sua História
Dia 22.11 - Grande Festa da Consciência Negra com grupo de forró e Samba de Roda



16 de mai. de 2013

Da escravidão à ditadura: eles deram a vida pela liberdade



Da escravidão à ditadura: eles deram a vida pela liberdade

O Centro Cultural Manoel Lisboa e o MLB – Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas de Diadema organizarão no próximo sábado, 18, uma homenagem aos heróis e heroínas negros mortos e desaparecidos durante ditadura civil-militar de 1964 em nosso país. A atividade ocorrerá no Teatro Clara Nunes, centro de Diadema.

Também serão lembrados os negros africanos e descendentes de africanos torturados e mortos pelo regime colonial-imperial e a todos os jovens assassinados nas periferias de nossa cidade ainda hoje.

A história de luta e resistência do povo trabalhador é desconhecida e omitida. Com a história do povo negro isso é ainda maior. O Brasil precisa conhecer sua história e saber que camponeses, operários, mulheres e jovens negros deram suas vidas contra a opressão e a injustiça, assim como seus antepassados nunca se sujeitaram à escravidão. Porém estes companheiros geralmente estão entre os que menos são lembrados, devido a sua origem pobre, aos poucos recursos de suas famílias, ao medo e outros fatores. Por isso, muito de suas vidas e lutas permanecem no quase total anonimato.

Com esta atividade pretende-se reforçar e contribuir para a  atual luta pela Pela Memória, Verdade e Justiça, desenvolvida por amplos setores sociais em nosso país, pelos familiares dos mortos e desaparecidos políticos, pelas entidades, sindicatos, partidos políticos de esquerda e movimentos sociais que têm tido um papel de destaque no contexto da Comissão Nacional da Verdade instituída para apurar os crimes da ditadura no Brasil.

A homenagem será feita através de apresentações culturais que contarão com a presença de CÍCERO DE CRATO, PEDRO MUNHOZ E PEDRO ROCHA, além de capoeira e dança afro.  Entre uma música e outra, familiares de mortos e desaparecidos e militantes sociais darão depoimentos sobre o tema.



12 de mai. de 2013

Tudo o que aprendemos na OCUPAÇÃO LUCINEIA XAVIER

Quem foi que disse que o povo é bagunceiro e desorganizado? Quem diz isso são os ricos, que pretendem nos desunir. Nesses 4 dias juntos, pudemos aprender muitas coisas: que é só lutando que podemos conquistar e garantir nossos direitos.

Imaginem só, o Prefeito não apenas nos atendeu e garantiu a continuidade do nosso projeto de moradia popular, como foi até lá, na nossa Ocupação, se comprometer pessoalmente! Isso só foi possível com nossa luta. 

Mas aprendemos muito mais. Aprendemos que somos solidários, que nos momentos mais difíceis, abrimos mão de cuidar apenas de nós mesmos e cuidamos um dos outros, como se fossemos da mesma família. No dia que a chuva e o vento da madrugada levaram nossas lonas, aprendemos isso. Também aprendemos que nossas crianças são especiais e que somos capazes de tudo para defendê-las. No dia em que a polícia não quis que elas entrassem de volta na nossa ocupação, aprendemos isso. Aprendemos a dividir a comida, a dividir a lona, a dividir as ferramentas. Aprendemos que tem coisas que não se ensinam nas melhores universidades de engenharia: colocar prateleira em barraco de lona! 

Nesses dias, tivemos um pequeno exemplo de como será a sociedade que queremos e vamos construir: uma sociedade sem ricos nem pobres, uma sociedade justa, uma sociedade em que a moradia é sim um direito respeitado! Uma sociedade em que nossas crianças tenham tudo aquilo o que for necessário para que cresçam sadias. Essa sociedade é a sociedade socialista e temos a certeza que ela virá, a partir dessas mesmas mãos que cozinharam, cavaram buracos, cuidaram das crianças e empunharam o punho na defesa de seus direitos. 

Agradecemos a solidariedade daqueles que vieram nos apoiar: os companheiros e companheiras da CMP, o pessoal da Igreja Metodista que nos cederam água e outras coisas, o cantor e lutador popular Cicero de Crato, o outro cantor e lutador Pedro Munhoz, os vizinhos da frente do nosso terreno, os vereadores e em especial o vereador Orlando Vitoriano, todos que vieram em nosso ato, etc.